Primeira-dama de João Pessoa é denunciada na Operação Território Livre

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou, nessa segunda-feira (16), a primeira denúncia no âmbito da Operação Território Livre, que investiga crimes de aliciamento violento de eleitores e a atuação de uma organização criminosa nas Eleições de 2024 em João Pessoa. Entre os denunciados está a primeira-dama da Capital, Lauremília Lucena, que chegou a ser presa em setembro do ano passado durante ação da Polícia Federal. Atualmente, ela se encontra fora do país, em peregrinação ao lado do prefeito Cícero Lucena, em Santiago de Compostela, na Espanha.

De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça Eleitoral, Lauremília e outros réus respondem pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral, coação eleitoral e peculato. O documento aponta que a primeira-dama exercia “função de controle na ORCRIM, coordenando nomeações para cargos públicos e atuando como interlocutora central entre a administração municipal e a facção criminosa”. Segundo o MPPB, ela teria tido poder de decisão sobre acordos de troca de favores, garantindo nomeações em troca de apoio eleitoral.

Além de Lauremília, foram denunciadas outras nove pessoas: Maria Lauremília Assis de Lucena, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino, Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, Keny Rogeus Gomes da Silva (Poeta ou Negrão), Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento, David Sena de Oliveira (Cabeça), Josevaldo Gomes da Silva e Jonatan Dario da Silva.

Defesa

Em nota enviada à imprensa, a defesa da primeira-dama afirmou estar confiante na Justiça e garantiu que Lauremília provará sua inocência no decorrer do processo.

“A Sra. Lauremília reafirma estar confiante no trabalho da Justiça e que provará sua total inocência no decorrer do processo. Ela segue colaborando com as investigações e sempre pautou sua vida pela integridade, correção e compromisso com os mais necessitados, nunca tendo se envolvido em qualquer prática ilícita”, diz o texto.

A defesa destacou ainda que a primeira-dama “nunca se envolveu em práticas ilícitas” e que sua trajetória é marcada por dedicação a causas sociais e religiosas. “Apenas agora, com a liberação de todos os fatos, é que a defesa terá condições de começar a revelar a verdade que propiciará a absolvição plena de Lauremília”, acrescenta a nota.

Lauremília, segundo seus advogados, mantém “fé absoluta em Deus, crença na Justiça e confiança no restabelecimento da verdade”.

A reportagem reforça que o espaço segue aberto para manifestações dos citados.

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