Especialista em investimentos revela tendências para o 2º semestre

Apenas 20% dos nordestinos costumam investir, segundo relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com o segundo semestre em curso, este é o momento ideal para quem quer reverter essa situação e fazer seu primeiro investimento – ou mesmo para investidores experientes que precisam rever suas estratégias para potencializar ganhos.

A principal orientação para identificar as tendências de investimento no segundo semestre de 2025 é acompanhar o cenário macroeconômico. A primeira metade do ano foi marcada por forte desvalorização do dólar frente a moedas emergentes – incluindo o real, que registrou a oitava maior valorização mundial ante a moeda americana, conforme estudo da Austin Rating.

Segundo Sérgio Guedes, CEO da SIR Investimentos – escritório com atuação nos mercados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte -, esse fortalecimento do real é fator fundamental para quem pretende investir no segundo semestre de 2025.

“Esse movimento tende a beneficiar ativos de renda variável, fundos imobiliários e setores mais sensíveis ao crédito, como varejo e construção civil. Além disso, investimentos com foco no mercado doméstico ganham atratividade”, explica o especialista. “Mas é importante lembrar que o câmbio é volátil e sujeito a fatores externos”, alerta.

Com as incertezas no cenário econômico norte-americano – incluindo dúvidas sobre a implementação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente Donald Trump – e a valorização do real, o mercado brasileiro entrou no radar dos investidores: o Ibovespa segue renovando recordes históricos nos últimos meses, atingindo pela primeira vez o patamar dos 140 mil pontos. “No entanto, para o investidor, mais importante do que o índice é entender a composição desse movimento e se os fundamentos das empresas justificam as valorizações”, avisa Guedes.

A taxa básica de juros, por sua vez, mantém-se em patamar elevado – em junho, o Copom elevou a Selic para 15%. Segundo o especialista da SIR Investimentos, os juros altos significam bom retorno para determinados tipos de investimento, como os de renda fixa.

“Os investimentos de renda fixa continuam sendo escolha atrativa para perfis conservadores – mas com a possibilidade de queda dos juros, ativos prefixados e atrelados à inflação começam a ganhar destaque. Além disso, investidores com visão de longo prazo podem encontrar boas oportunidades na renda variável, especialmente em setores como varejo, construção e tecnologia”, avalia Sérgio Guedes.

Para quem investe: como agir no segundo semestre

Considerando os principais indicadores e o cenário econômico nacional e internacional, investidores iniciantes e experientes devem analisar o contexto para investir com segurança e estratégia. Além disso, em qualquer situação, o acompanhamento de um profissional é essencial para garantir bons retornos.

“Para quem está começando a investir agora, o mais importante é entender seu perfil de risco e estabelecer objetivos claros, como formar uma reserva de emergência, poupar para um projeto futuro ou buscar renda passiva. Em um cenário ainda marcado por juros elevados, a renda fixa continua sendo o caminho mais indicado para iniciantes”, orienta Sérgio.

Para investidores experientes, a recomendação é reavaliar a carteira periodicamente. “Com expectativas de queda nos juros no horizonte, movimentações no câmbio e oscilações nos mercados globais, é importante avaliar se a carteira continua adequada aos objetivos, prazos e tolerância a risco do investidor. O que foi uma boa alocação no primeiro semestre pode não ser o mais eficiente daqui para frente”, conclui o CEO da SIR Investimentos.

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