O presidente estadual da federação formada por Solidariedade e PRD na Paraíba, deputado Eduardo Carneiro, revelou nesta terça-feira (8) que a legenda buscará espaço nas suplências das duas vagas ao Senado nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Meio-dia Paraíba, da Rádio Pop, e marca a entrada oficial da federação nas articulações majoritárias da base aliada ao governador João Azevêdo (PSB).
“Nós entendemos que o partido precisa participar sim na suplência dos dois senadores. Nós vamos ofertar os nomes. Não vamos pleitear as demais vagas, mas, dentro das suplências de senador, vamos pleitear sim”, afirmou Eduardo.
A fala reforça uma estratégia pragmática da federação: não disputar a cabeça de chapa, como as vagas de governador ou vice, mas garantir visibilidade e presença na majoritária por meio das suplências — cargos que, embora menos destacados no processo eleitoral, podem ser decisivos para o equilíbrio de forças e futuros espaços em Brasília.
Aposta no crescimento proporcional
Além da movimentação estratégica na chapa majoritária, Eduardo Carneiro destacou que a federação tem como prioridade fortalecer sua bancada nas casas legislativas. A meta, segundo ele, é assegurar sua reeleição à Assembleia Legislativae, pela primeira vez, eleger um deputado federal.
“Estamos sendo procurados por muitos filiados, tanto do Solidariedade quanto do PRD, interessados em disputar vagas na Assembleia e na Câmara. A tendência é que a federação cresça ainda mais e tenha papel importante nas eleições de 2026”, afirmou.
Nos bastidores, a federação tem buscado atrair quadros competitivos e ocupar espaços na base governista, se posicionando como uma força moderada e leal ao projeto de continuidade da gestão atual — mas também com autonomia para defender protagonismo proporcional.
Federação na disputa por visibilidade
Ao mirar as suplências no Senado, a federação também sinaliza um movimento de reposicionamento político, buscando ocupar um lugar mais visível na arena estadual, sem romper com a coalizão governista. O gesto pode garantir negociação antecipada de espaços em 2027, caso os senadores eleitos se afastem ou integrem o Executivo.
A disputa pelas vagas ao Senado deve ganhar força nos próximos meses, com nomes como o de Lucas Ribeiro (PP), Ricardo Barbosa (PSB), Cabo Gilberto (PL) e Sérgio Queiroz (Novo) já ventilados como pré-candidatos.