O Governo da Paraíba decretou situação de emergência em Campina Grande, no Agreste do estado, por causa dos danos provocados pelo rompimento do reservatório R-5 da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), que destruiu casas e tirou a vida de uma idosa no último dia 8 de novembro.
O decreto, assinado pelo governador João Azevêdo (PSB) e publicado nesta quinta-feira (13) no Diário Oficial do Estado (DOE), terá validade de 180 dias. A medida permite ao governo adotar ações imediatas de assistência e reconstrução, com dispensa de licitação para aquisição de materiais, equipamentos e execução de obras emergenciais.
O colapso da estrutura afetou diretamente os bairros da Prata, Centenário e São José, provocando o desabamento de três residências e danos parciais em outras três. A tragédia, classificada como Desastre de Nível II segundo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade), mobilizou equipes da Defesa Civil, Bombeiros e da própria Cagepa.
Com o decreto, o Estado está autorizado a abrir crédito extraordinário para financiar as ações de recuperação das áreas atingidas e prestar apoio às famílias desalojadas.
Enquanto o governo atua para restabelecer a normalidade, cresce a pressão sobre a Cagepa para explicar as causas do rompimento e apresentar planos de prevenção que evitem novas ocorrências. A tragédia acende um alerta sobre a estrutura de reservatórios em áreas urbanas densamente povoadas, especialmente na Rainha da Borborema, segunda maior cidade do estado.
