Metas e planejamento financeiro são essenciais para transformar intenções em resultados no novo ano

O início de um novo ano costuma ser marcado por entusiasmo, sensação de recomeço e vontade de colocar planos em prática. Dezembro, inclusive, é considerado um dos momentos mais estratégicos para iniciar o planejamento das metas de ano novo. No entanto, a motivação que surge no começo do ano nem sempre se sustenta ao longo do caminho, e muitos objetivos acabam ficando pelo meio do percurso.

Dados do Serasa, divulgados em junho de 2025, mostram como esse desafio é comum, especialmente quando se trata de metas financeiras. Apenas 40% das pessoas conseguiram seguir os planos financeiros definidos para 2025, e cerca de 50% afirmaram ter gastado mais no primeiro semestre de 2025 do que no mesmo período de 2024. Os números mostram a dificuldade de manter um planejamento consistente no dia a dia, mas também reforçam que, com organização e estratégia, é possível alcançar melhores resultados.

Antes de definir novas metas, é importante olhar para o ano que está terminando. A autoavaliação é uma etapa essencial do planejamento e deve ser encarada como uma oportunidade de aprendizado. Listar conquistas, identificar pendências, entender por que alguns planos não deram certo e reconhecer aprendizados pessoais ajuda a construir objetivos mais realistas e alinhados à própria rotina.

No campo financeiro, esse processo exige ainda mais clareza. Analisar extratos bancários, mapear gastos e entender para onde o dinheiro foi direcionado ao longo do ano são passos fundamentais para definir metas que realmente funcionem. Segundo a economista Camila Oliveira, professora da Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), integrante do Ecossistema Ânima, incluir objetivos financeiros no planejamento anual traz mais segurança e controle. “Quando as finanças são planejadas, evitam-se decisões impulsivas e aumenta-se o controle sobre gastos e prioridades. O início do ano é um momento simbólico de recomeço, ideal para analisar a situação financeira atual, identificar gastos desnecessários e definir objetivos claros”, explica.

Outro ponto essencial é compreender o propósito por trás de cada meta. Guardar dinheiro, mudar hábitos ou reorganizar as finanças exige disciplina, e essa constância só se mantém quando existe um motivo claro. Metas desconectadas dos objetivos de longo prazo tendem a perder força com o tempo, o que contribui para o abandono do planejamento.

Além disso, a professora da FPB recomenda que as metas sejam específicas e mensuráveis. Objetivos muito amplos, como “guardar dinheiro”, dificultam o acompanhamento e reduzem a motivação. Definir valores, prazos e ações concretas torna o progresso visível e aumenta as chances de sucesso. Metas que dependem exclusivamente do próprio comportamento, e não de fatores externos ou de terceiros, também ajudam a reduzir frustrações e aumentam o senso de controle.

Para evitar frustrações, o ideal é que os objetivos financeiros sejam realistas e progressivos. “Em vez de estabelecer metas muito ambiciosas, é melhor começar com valores acessíveis, acompanhar os resultados e ajustar o plano quando necessário. Celebrar cada conquista, mesmo as pequenas, ajuda a manter a motivação e transforma o planejamento financeiro em um aliado para uma vida mais equilibrada”, orienta Camila Oliveira.

Mais do que listar desejos, o planejamento de metas para o ano novo deve ser visto como um processo contínuo de autoconhecimento, organização e adaptação. Com estratégia, disciplina e propósito, é possível transformar boas intenções em resultados concretos e tornar o novo ano mais equilibrado e produtivo.

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