O Natal na Usina chega à sua 12ª edição celebrando o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Paraíba e reforçando, mais uma vez, o papel do festival como um dos eventos culturais mais importantes do estado. A abertura, neste sábado (6), promete uma noite marcante, reunindo música, cultura popular, circo, contação de histórias e o tradicional acendimento das luzes da Usina Cultural Energisa, em João Pessoa.
A grande atração da noite será o encontro inédito entre Cátia de França, Josyara e Juliana Linhares, três artistas que representam diferentes gerações da música nordestina. A apresentação, marcada para as 19h, na Tenda da Música, é tratada pelos organizadores como um momento histórico — repetindo o impacto do trio no Coala Festival, onde se apresentaram juntas neste ano.
Realizado pela Lei de Incentivo à Cultura, o Natal na Usina 2025 tem produção da Atua Comunicação Criativa, apoio cultural do Instituto Energisa, Brose, Sintur, Gráfica JB e Exiba, e patrocínio do Grupo Energisa, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal.
Três vozes que representam o Nordeste
A paraibana Cátia de França, referência absoluta da música brasileira, retorna à cidade natal em plena fase criativa — seu disco mais recente, No Rastro de Catarina (2024), foi indicado ao Grammy Latino. Já a potiguar Juliana Linhares leva ao palco seu estilo vibrante, marcado pela reinvenção das narrativas nordestinas. Fechando o trio, a baiana Josyara apresenta sua musicalidade singular, que une violão, poesia e ritmos de matriz afro-brasileira.
Cátia celebrou o encontro das três artistas. “Voltar à minha cidade com esse show que marca a força da música nordestina será um momento único. Um encontro de almas, poesia e resistência, que referencia nossa ancestralidade e projeta nosso futuro”, destacou.
Luzes, maracatus e tradições populares
O festival começa às 18h, com o acendimento oficial das luzes de Natal. Em seguida, o público confere o Encontro de Maracatus, com o Nação Pé de Elefante e o Maracastelo. Às 21h, o Boi de Reis Estrela do Norte ocupa o Palco Bonde com uma performance que mantém viva a tradição dos folguedos nordestinos.
O encerramento da noite será às 22h, na Sala Vladimir Carvalho, com um espetáculo especial: o cantor Elon recebe seu pai, Luizinho Barbosa, para unir MPB contemporânea e cultura popular em um show em duas partes. O artista adiantou que apresentará canções inéditas e músicas do primeiro disco solo, previsto para 2026.
Domingo de circo, histórias e corais
A programação do domingo (7) será voltada para as famílias. A partir das 16h, a Cia Forrobodó de Teatro apresenta contação de histórias no Palco Bonde. Às 17h, o Gran Circo Los Iranzi animará a Sala Vladimir Carvalho.
O fim de semana encerra às 18h, com a Mostra de Corais, que reúne o Coral Mãos que Cantam, o Coro Hatsuhinode e o Coral SEAD.
Acessibilidade ampliada
Nesta edição, o festival reforça seu compromisso com inclusão e acessibilidade. O evento contará com sala sensorial, abafadores de ruído, audiodescrição de espaços, exposições adaptadas e intérpretes de Libras em todas as apresentações.
