Em meio às discussões sobre o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, a oposição decidiu focar na alteração da Lei da Ficha Limpa para reduzir o período de inelegibilidade de oito para dois anos. A proposta, de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS), sugere que o prazo passe a contar a partir da eleição que resultou na punição, o que permitiria ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disputar a eleição presidencial de 2026.
Apoio multipartidário
A movimentação visa conquistar apoio de outros partidos, já que a inelegibilidade atinge políticos de diferentes espectros ideológicos. O projeto já conta com 73 assinaturas, incluindo parlamentares do PL, MDB, Patriota, PP, PSD e Republicanos — legenda do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A iniciativa tem o aval da família de Bolsonaro, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acompanha as articulações no Congresso.
A proposta foi revelada pelo portal O Antagonista e surge como uma das principais apostas da oposição para tentar reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).