Nesta quarta-feira (24), o presidente Joe Biden assinou um projeto de lei que representa uma ameaça significativa às operações do TikTok nos Estados Unidos. A legislação, aprovada pelo Congresso como parte de um amplo pacote de ajuda externa para Israel e Ucrânia, dá à controladora chinesa do TikTok, ByteDance, 270 dias para vender a plataforma. Não cumprir esse prazo resultaria na proibição do TikTok nas lojas de aplicativos dos EUA e nos serviços de hospedagem na Internet que o suportam.
Essa medida legislativa é a mais séria enfrentada pelo TikTok desde que as autoridades dos EUA começaram a expressar preocupações sobre o aplicativo em 2020. Desde então, o TikTok foi pressionado a encontrar um novo proprietário ou enfrentar um banimento completo nos Estados Unidos.
O CEO do TikTok, Shou Chew, emitiu um vídeo no aplicativo para tranquilizar os usuários, afirmando que a empresa continuará lutando pelos direitos nos tribunais. No entanto, o TikTok está ameaçando com ações legais para se opor à lei, que considera inconstitucional e prejudicial aos seus milhões de usuários e empresas que operam na plataforma.
O projeto de lei foi anexado ao pacote de ajuda externa na esperança de acelerar sua aprovação, e agrupá-lo com a ajuda externa foi uma manobra processual para forçar o Senado a votar a legislação. Agora, o TikTok enfrenta a perspectiva de ser vendido nos próximos meses ou enfrentar consequências graves.
No entanto, o processo de venda pode enfrentar obstáculos significativos devido à oposição do governo chinês à venda da empresa e aos controles de exportação que regem os algoritmos, o que poderia complicar uma venda bem-sucedida. Sem o algoritmo que impulsionou o sucesso do TikTok, a plataforma pode enfrentar desafios significativos para manter sua relevância e popularidade entre os usuários. A situação continua a evoluir à medida que o TikTok busca soluções para evitar a suspensão de suas operações nos Estados Unidos.