A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou com simbolismo, estratégia e um toque paraibano. Foi a médica Ana Helena Germoglio, nascida na Paraíba, quem aplicou a dose da vacina contra a influenza no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (7), durante evento oficial em Montes Claros (MG), marcando o Dia Mundial da Saúde.
Lula aproveitou a ocasião para reforçar o compromisso com a imunização: “Hoje é Dia Mundial da Saúde e a data marca o início da campanha nacional de vacinação contra a gripe! E é claro que eu não ia ficar fora dessa. Já estou com meu cartão atualizado. E tem mais! Agora, a vacina da gripe estará disponível o ano inteiro!”, declarou em suas redes sociais.
O evento também marcou o anúncio da expansão da farmacêutica Novo Nordisk, fornecedora de insulina e medicamentos para hemofilia ao SUS. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também foram vacinados no ato.
Meta
Para 2025, o Ministério da Saúde adquiriu 73,6 milhões de doses e traçou uma meta ambiciosa: vacinar 90% dos grupos prioritários, estimados em cerca de 50 milhões de pessoas. O público-alvo total é de 81,6 milhões. O investimento passa de R$ 1,3 bilhão.
A campanha será realizada em duas etapas:
- Primeiro semestre: vacinação nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
- Segundo semestre: região Norte, alinhando o cronograma ao chamado “Inverno Amazônico”, quando há maior circulação do vírus.
Vacinação ampliada: quem tem direito?
Além das crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes, o público-alvo da campanha inclui:
- Profissionais de saúde
- Puérperas
- Professores
- Povos indígenas
- Pessoas em situação de rua
- Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas
- Pessoas com comorbidades ou deficiência permanente
- Caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo
- Trabalhadores portuários
- População privada de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas
Vacinação o ano todo
Segundo o ministro Alexandre Padilha, a inclusão da vacina contra a gripe no calendário anual de imunização representa uma virada na política pública de saúde. “Vacinar é salvar vidas. Estar nesse Dia Mundial da Saúde ao lado do presidente e dos profissionais da saúde mostra a importância de garantir não só a produção dos insumos no Brasil, mas o acesso real à saúde pública de qualidade”, afirmou.