O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados pela tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro estão proibidos de participarem de eventos realizados pelas Forças Armadas. A decisão foi proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e também alcança ex-ministros e outras figuras políticas ligadas ao caso.
Além de Bolsonaro, estão entre os proibidos os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Sergio Nogueira (Defesa), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A decisão, divulgada nesta quinta-feira (7), estabelece uma multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. De acordo com o texto, fica vedada a participação em “cerimônias, festas ou homenagens realizadas no Ministério da Defesa, na Marinha, na Aeronáutica, no Exército e nas Polícias Militares”.
A lista inclui diversos nomes, como Ailton Gonçalves Moraes Barros, Almir Garnier Santos, Amauri Feres Saad, entre outros, totalizando 23 pessoas alvo da proibição.
A medida do STF reflete o desdobramento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida em janeiro deste ano, quando Bolsonaro, apoiadores e alguns militares ligados ao governo teriam planejado uma ação para tentar alterar o resultado das eleições. O episódio gerou forte repercussão política e colocou em evidência o papel das Forças Armadas na democracia brasileira.