Varejo da Paraíba cresce 19,6% e tem maior expansão do País, revela IBGE

Liderando o volume de vendas no País, o varejo da Paraíba registrou expansão de 19,6% em fevereiro, quando comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Os três Estados com maiores altas foram Paraíba (19,6%), Amapá (17,9%), Mato Grosso (17,15), enquanto o País apresentou alta de 8,2%.

Nos outros indicadores do comércio, divulgados pelo IBGE, a Paraíba liderou ou teve variações expressivas com destaque nacional. No comparativo de fevereiro sobre janeiro, o crescimento do varejo paraibano atingiu 5,7%, maior taxa do País, que teve alta de 1%. O resultado do setor no País atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2000, superando o recorde anterior, de outubro de 2020. No primeiro bimestre, a Paraíba acumula alta de 7,3%.

No indicador do comércio varejista ampliado –, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e as de material de construção –, a Paraíba registrou também altas expressivas no indicador, com destaque no cenário nacional. Por exemplo, na comparação de fevereiro sobre janeiro, a Paraíba cresceu 5,2% no varejo ampliado, liderando também entre as unidades da federação do País, enquanto na comparação de fevereiro sobre o mesmo mês do ano passado a alta chegou a 17,7%, segunda maior taxa do País. Já no acumulado do primeiro bimestre do comércio ampliado, o indicador ficou em 9%. No País, as médias de crescimento foram abaixo do Estado, mas também expressivas:  1,2%, 8,7% e de 8,2%, respectivamente.

ATIVIDADES QUE MAIS CRESCERAM – Na comparação com janeiro deste ano, seis das oito atividades do varejo cresceram: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; outros artigos de uso pessoal e doméstico; livros, jornais, revistas e papelaria; móveis e eletrodomésticos; equipamentos e material para escritório informática e comunicação; e tecidos, vestuário e calçados.

Segundo o pesquisador do IBGE Cristiano dos Santos, o crescimento do varejo em fevereiro foi puxado principalmente por duas atividades que não tiveram bom desempenho em 2023. Uma delas foi o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. “O crescimento se dá mais pelos produtos farmacêuticos, porque a parte de cosméticos e produtos de beleza ficou mais estável. Tiveram alguns fenômenos que contribuíram [para o crescimento], regionalmente, como um aumento grande de procura por repelentes, por conta da questão da dengue”. A outra atividade que impulsionou o varejo em fevereiro foi o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico. “Aí o maior peso vem das lojas de departamentos”, explica Santos.

MAIS SOBRE A PESQUISA – A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra.

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